A obra apoia-se em autores como Adorno, Freire Costa, Kehl, Bauman, Baudrillard, entre outros, para questionar os rumos da cultura contemporânea que, em seu enaltecimento da liberdade (de consumo?), acaba cerceando a capacidade de autonomia dos novos membros das sociedades contemporâneas, aprisionados por ideais que não mais operam como mediadores para a construção de um futuro, mas operam na urgência de realizações imediatistas, potencializando a condição de desamparo do humano, apontada por Freud. O autor denuncia os riscos produzidos pelo rompimento com as tradições sociais cultivadas na Modernidade, produtoras de maior “confiabilidade e segurança”, segundo defende, em favor da promoção do ideal individualista que vem cercear as possibilidades de construção compartilhada de um ideário voltado ao bem comum.